Os Escritos de Maria Valtorta

446. Jésus est accueilli à Capharnaüm.

446. Chegada e acolhida em Cafarnaum.

446.1

J’ignore si c’est spontanément ou si elle a été avertie par quelqu’un, Porphyrée se tient déjà sur la petite plage de Capharnaüm quand les barques y accostent. Il y en a trois au lieu de deux, ce qui me fait penser que, à Capharnaüm, quelqu’un est déjà allé à l’avance prévenir de l’arrivée du Maître et prendre une barque pour les femmes et Marziam. Et avec Porphyrée se trouvent les filles de Philippe et Myriam, fille de Jaïre, en plus de la mère de Jacques et Jean.

Je vois Porphyrée entrer dans l’eau jusqu’à mi-jambe, sans souci des petites vagues du lac, encore un peu agité, qui parcourent la grève dans une course un peu folle et désordonnée. Elle se penche à l’intérieur de la barque où se trouve Marziam et l’embrasse :

« Je t’aimerai bien aussi pour lui. Je t’aimerai bien pour tous, mon fils chéri ! »

Elle dit cela d’une voix très émue et, sitôt que la barque est arrêtée et que ceux qui s’y trouvaient en descendent, Porphyrée serre Marziam contre elle, ne cédant à personne le devoir de faire sentir au jeune homme qu’il est très aimé.

Elle va de même se joindre au groupe de l’autre barque pour vénérer le Maître, et cela avant que les habitants de Capharnaüm et les nombreux disciples, qui attendent depuis longtemps l’arrivée de Jésus, ne s’emparent du Maître et ôtent aux femmes disciples la joie de l’avoir pour elles.

Celles-ci se pressent autour du Maître en un groupe compact, et seuls les enfants de Capharnaüm peuvent rompre le cercle qu’elles forment en glissant de force leurs petits corps entre deux jupes pour arriver à Jésus, qui se dirige lentement vers sa maison.

446.2

A cette heure matinale, il y a peu de monde dans les rues, tout au plus des femmes qui vont à la fontaine ou au marché, entourées d’une nichée d’enfants, ou quelque pêcheur qui retourne porter les rames et les filets dans les barques pour les préparer à la pêche du soir. Mais, en fait de notables, personne, hormis Jaïre qui accourt, tout respectueux, pour vénérer Jésus et se réjouit d’entendre dire qu’il compte s’arrêter quelques semaines en allant la nuit dans les villes du lac pour y parler au matin et revenir ensuite se reposer le jour à Capharnaüm. Et c’est Jaïre, grâce au respect qu’il inspire à ses concitoyens, qui réussit le premier à se placer auprès de Jésus. Il y parvient en écartant sa fille en vertu de son autorité paternelle. Après lui, ce seront les disciples les plus influents, ceux auxquels, par mouvement instinctif de justice, les autres cèdent la première place après les apôtres : le vieux prêtre Jean (l’ancien lépreux), Etienne, Hermas, Timon, Jean, fils de Noémie, Nicolaï et les anciens bergers qui, sauf les deux partis pour le Liban, sont tous présents.

Jésus s’intéresse aux autres, aux absents, et il demande de leurs nouvelles à leurs compagnons. Sont-ils encore fervents ? Oh ! très ! Se reposent-ils chez eux ? Non. Ils travaillent dans leurs villes et les villages voisins pour faire de nouveaux disciples. Et Hermastée ? Hermastée descend vers sa ville en longeant la mer. Il est avec Joseph, celui d’Emmaüs, et ils veulent parler du Sauveur tout au long des côtes ; les deux amis Samuel et Abel se sont unis à eux, pour montrer ce que peut le Seigneur, alors que l’un était estropié et l’autre lépreux.

Le parcours ne suffit pas à épuiser ces questions et réponses, et la maison de Thomas de Capharnaüm n’est pas assez grande pour accueillir tant de gens qui se pressent maintenant autour de Jésus, revenu après une si longue absence.

Jésus décide donc de prendre le chemin de la campagne pour pouvoir rester au milieu de tous, sans faire de préférences.

446.1

Não sei se foi espontaneamente ou se porque foi avisada por alguém, mas Porfíria já está sobre a pequena praia de Cafarnaum, quando as barcas lá chegam. Já são três, em vez de duas, e isso me faz pensar que alguém tenha ido na frente a Cafarnaum, para avisar que o Mestre estava para chegar e reservar uma barca para as mulheres e Marziam. Com Porfíria, estão as filhas de Filipe e Míriam de Jairo, além da mãe de Tiago e João. Mas eu noto uma coisa insólita.

É Porfíria que, sem se importar com as pequenas ondas do lago, que ainda está um pouco movimentado, a escorrerem pela praia, risonhas e sem acanhamento, entra na água, que bate até à metade de suas canelas, entra na barca, onde está Marziam e o beija, dizendo-lhe:

– Eu te quererei muito, também por causa dele. Por todos eu te quererei bem, querido filho!

Diz isso muito comovida, logo que a barca parou, e vão descendo os que estavam nela. Porfíria estreita contra si Marziam, não cedendo a ninguém a tarefa de fazer ao jovenzinho perceber que é muito amado.

Vai assim reunir-se ao grupo da outra barca, para venerar o Mestre, e poder fazê-lo antes que os de Cafarnaum e os numerosos discípulos, que, há tempo estão esperando a chegada de Jesus, tomam conta do Mestre, afastando as discípulas da alegria de tê-lo consigo. As mulheres estão apinhadas ao redor do Mestre e somente as crianças de Cafarnaum é que podem romper aquele cerco das discípulas, insinuando-se com os seus corpinhos, à força, por entre uma e outra mulher, para poderem chegar a Jesus, que já vai indo lentamente para casa.

446.2

Por causa desta hora ainda matinal, há pouca gente pelas ruas e a maior parte são mulheres, que vão à fonte ou à feira, com uma ninhada de filhinhos ao redor de si, ou, então, algum pescador que está voltando para deixar nas barcas os remos e as redes, a fim de prepará-las para a pesca da tarde. Mas dos notáveis do lugar não há nenhum outro, a não ser Jairo, que se aproxima, todo respeitoso, para saudar o Mestre, e para felicitar-se , ao ouvir que Ele deseja ficar aí por algumas semanas, indo de noite pelas cidades do lago, para nelas falar pela manhã, voltando depois para repousar de dia em Cafarnaum. É Jairo, pelo respeito que incute aos seus concidadãos, o que, por primeiro, consegue ir colocar-se ao lado de Jesus. Isto consegue, porque ele afasta de lá a sua filha, com sua autoridade de pai. Depois dele, conseguem chegar perto de Jesus os discípulos mais influentes, aqueles aos quais por um instintivo gesto de justiça, os outros cedem o primeiro lugar depois dos apóstolos, isto é, o velho sacerdote João (o ex-leproso), Estêvão, Hermes, Timoneu, João, filho de Noemi, Nicolau e os discípulos ex-pastores que, menos os dois que foram para o Líbano, estão todos presentes.

Jesus se interessa pelos outros, pelos ausentes, e pergunta por eles aos companheiros. Estão eles ainda fervorosos? Oh! Muito! Repousam em suas casas? Não. Estão trabalhando em suas cidades e nos lugares vizinhos, fazendo novos discípulos. E o Hermasteu? O Hermasteu foi ao longo do mar e vai descendo para sua cidade. Está junto com José, aquele de Emaús, e querem falar de Jesus em todas as costas, e a eles se uniram os dois amigos, Samuel e Abel, para mostrarem o que pode o Senhor, eles que eram um entrevado e o outro um leproso.

Perguntas e respostas, e isso não basta para satisfazer a todos, nem a casa de Tomé de Cafarnaum é suficiente para acolher toda aquela gente, que já está se apinhando ao redor de Jesus, quando Ele agora volta, depois de uma longa ausência.

Jesus decide-se ir pela campina para poder estar no meio de todos, sem fazer preferências.